Bowlby e Ainsworth em 1991 desenvolveram uma teoria do relacionamento entre bebê-pais, que hoje é conhecida como teoria do apego.
Em sua visão, “a propensão a formar vínculos emocionais fortes com indivíduos em particular [é] um componente básico da natureza humana, já presente de forma germinal no recém-nascido”.
Tal relacionamento tem valor de sobrevivência porque garante que o bebê receberá sustentação.
Ainsworth categorizou os tipos de apego da seguinte forma:
Apego seguro:
As principais características do apego seguro é a confiança que a mãe ou o pai vão estar sempre por perto quando a criança precisar, dando a devida liberdade para que a criança possa explorar o mundo a sua volta.
A criança:
- Se separa facilmente da mãe e se torna facilmente absorvida em exploração;
- Quando ameaçada ou com medo, a criança ativamente busca contato e é facilmente consolada;
- A criança não evita ou resiste a contato se a mãe iniciá-lo.
- Quando reunida com a mãe após a ausência, a criança recebe positivamente ou é facilmente acalmada se perturbada.
- Prefere claramente a mãe a estranhos.
Apego inseguro (desligado/evitante):
No apego inseguro do tipo desligado/evitante, a criança evita contato com a mãe, especialmente na reunião após um período de ausência.
Ela:
- Não resiste aos esforços da mãe, mas não busca muito contato.
- Não mostra preferência pela mãe sobre um estranho.
Apego inseguro (resistente/ambivalente):
Já o apego inseguro do tipo resistente/ambivalente tem uma característica de dependência.
A criança:
- mostra pouca exploração e é cautelosa com estranhos.
- Muito perturbada quando separada da mãe, mas não é tranquilizada pelo seu retorno ou por seus esforços de confortá-la.
- A criança tanto busca quanto evita contato em momentos diferentes.
- Pode demonstrar raiva em relação à mãe na reunião e resiste tanto a conforto quanto a contato com estranhos.
Apego inseguro (desorganizado/desorientado):
Por fim, no apego inseguro do tipo desorganizado/desorientado, a criança apresenta comportamento confuso ou apreensivo.
A criança pode apresentar padrões de comportamento simultâneos contraditórios, tais como movimentar-se na direção da mãe enquanto mantêm o olhar desviado dela.
O que dizem os estudos sobre a teoria do apego?
Dezenas de estudos mostram que, comparado a crianças classificadas como inseguramente apegadas, crianças seguramente apegadas a suas mães na fase de bebê são mais sociáveis no futuro, mais positivas em seu comportamento com amigos e irmãos, menos “aderentes” e dependentes dos professores, menos agressivas e disruptivas, mais empáticas e mais emocionalmente maduras em suas abordagens a ambientes escolares e outros ambientes fora de casa.
É responsabilidade dos pais deles proporcionar um ambiente em que o aprendizado seja constante. E isso inclui aspectos sociais do desenvolvimento.
A criança precisa de atenção, respeito a suas emoções e paciência dos pais. Para elas, algumas emoções são sensações novas, que elas estão ainda aprendendo a lidar. Respeitar o tempo delas também é essencial!
No meu instagram eu publico frequentemente algumas dicas de como lidar com as questões do desenvolvimento das crianças. Dá uma olhada lá!
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