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Criando um Ambiente de Apoio para Crianças Neurodivergentes

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baby in white onesie

Estudo correlaciona autismo com o imprinting genético

O autismo é um transtorno mental que vem sendo amplamente estudado. Muitas teorias foram descritas, mas pouco se sabe sobre sua etiologia. Alguns pesquisadores atribuem à causas genéticas, outros à questões ambientais. Recentemente, pesquisadores conseguiram...

O que esperar das crianças com um próximo retorno às aulas presenciais

O retorno das aulas presenciais pode representar dificuldades para os pais neste momento de pandemia. Veja como você pode se preparar para esse momento?
pessoa escrevendo em um caderno conversando virtualmente com outra pessoa

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Dietas podem preservar funções cognitivas

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A parentalidade nos dias de hoje

A parentalidade pode ser uma tarefa bastante difícil. O papel que o pai e/ou a mãe exercem no desenvolvimento de uma criança é muito importante, e pode ser uma experiência bastante desafiadora, especialmente para os pais de primeira viagem.  E esse é um assunto que...

Depressão na infância e na adolescência

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Depressão e habilidades cognitivas

Você sabia que a depressão pode prejudicar não apenas humor e comportamento como também habilidades cognitivas, como atenção, memória e raciocínio?

DEPOIMENTOS

Teoria do Apego de Bowlby e Ainsworth

Bowlby e Ainsworth em 1991 desenvolveram uma teoria do relacionamento entre bebê-pais, que hoje é conhecida como teoria do apego.

Em sua visão, “a propensão a formar vínculos emocionais fortes com indivíduos em particular [é] um componente básico da natureza humana, já presente de forma germinal no recém-nascido”.

Tal relacionamento tem valor de sobrevivência porque garante que o bebê receberá sustentação.

Ainsworth categorizou os tipos de apego da seguinte forma:

Apego seguro:

As principais características do apego seguro é a confiança que a mãe ou o pai vão estar sempre por perto quando a criança precisar, dando a devida liberdade para que a criança possa explorar o mundo a sua volta.

Mãe empurrando um carrinho de bebê com duas crianças ao seu lado andando e uma rua movimentada entre prédios

A criança:

  • Se separa facilmente da mãe e se torna facilmente absorvida em exploração;
  • Quando ameaçada ou com medo, a criança ativamente busca contato e é facilmente consolada;
  • A criança não evita ou resiste a contato se a mãe iniciá-lo.
  • Quando reunida com a mãe após a ausência, a criança recebe positivamente ou é facilmente acalmada se perturbada.
  • Prefere claramente a mãe a estranhos.

Apego inseguro (desligado/evitante):

No apego inseguro do tipo desligado/evitante, a criança evita contato com a mãe, especialmente na reunião após um período de ausência.

Criança em cima de um sofá se escondendo sob as almofadas

Ela:

  • Não resiste aos esforços da mãe, mas não busca muito contato.
  • Não mostra preferência pela mãe sobre um estranho.

Apego inseguro (resistente/ambivalente):

Já o apego inseguro do tipo resistente/ambivalente tem uma característica de dependência.

A criança:

  • mostra pouca exploração e é cautelosa com estranhos.
  • Muito perturbada quando separada da mãe, mas não é tranquilizada pelo seu retorno ou por seus esforços de confortá-la.
  • A criança tanto busca quanto evita contato em momentos diferentes.
  • Pode demonstrar raiva em relação à mãe na reunião e resiste tanto a conforto quanto a contato com estranhos.

Apego inseguro (desorganizado/desorientado):

Por fim, no apego inseguro do tipo desorganizado/desorientado, a criança apresenta comportamento confuso ou apreensivo.

A criança pode apresentar padrões de comportamento simultâneos contraditórios, tais como movimentar-se na direção da mãe enquanto mantêm o olhar desviado dela.

O que dizem os estudos sobre a teoria do apego?

Dezenas de estudos mostram que, comparado a crianças classificadas como inseguramente apegadas, crianças seguramente apegadas a suas mães na fase de bebê são mais sociáveis no futuro, mais positivas em seu comportamento com amigos e irmãos, menos “aderentes” e dependentes dos professores, menos agressivas e disruptivas, mais empáticas e mais emocionalmente maduras em suas abordagens a ambientes escolares e outros ambientes fora de casa.

É responsabilidade dos pais deles proporcionar um ambiente em que o aprendizado seja constante. E isso inclui aspectos sociais do desenvolvimento.

A criança precisa de atenção, respeito a suas emoções e paciência dos pais. Para elas, algumas emoções são sensações novas, que elas estão ainda aprendendo a lidar. Respeitar o tempo delas também é essencial!

No meu instagram eu publico frequentemente algumas dicas de como lidar com as questões do desenvolvimento das crianças. Dá uma olhada lá!

Crianças e atividades de casa

Deixar a criança ter responsabilidades desde cedo em casa pode trazer diversos benefícios imediatos e também posteriormente na sua vida adulta. 
Para uma criança, tudo é novo e estimulante, e toda experiência é uma oportunidade de aprendizado, tanto no aspecto intelectual quanto no aspecto motor e social. Então é muito importante fazer com que a crianças participem das atividades de casa.

Com cuidado e supervisão, devemos aproveitar esses momentos ao máximo, trazendo o lúdico para o dia a dia da criança. Dessa forma também podemos trabalhar com elas desde cedo aspectos como responsabilidades, autonomia e até mesmo vínculos familiares, importantíssimos durante toda a vida.

Atividades para crianças de até dois anos

patos de borracha de várias cores e várias temáticas diferentes, alinhados na borda de uma banheira

Uma boa maneira de introduzir as tarefas de casa para uma criança de dois anos é usar seus próprios brinquedos. Ajude-a a guardá-los, e de uma maneira lúdica, organize-os por categorias diferentes (ex: cores, tamanhos etc), fazendo com que ela gradualmente vá entendendo o conceito de organização.

Lembrando que todas essas e as próximas orientações são genéricas, e cada criança tem seu próprio ritmo e maturidade. Cabe aos pais avaliar quais tarefas seriam mais adequadas para seu filho, levando em consideração seu momento de desenvolvimento cognitivo, motor e social.

Atividades de três a quatro anos

menino de mochila e boné segurando uma máquina fotográfica

Para crianças de três a quatro anos, algumas atividades já podem ser apresentadas à criança, como por exemplo arrumar a própria mochila, ou pedir que leve o prato de comida até a pia.

Algumas tarefas de organização podem ser apresentadas (com supervisão), como o local para guardar certos objetos como um par de sapatos ou roupas, por exemplo.
Lembrando que essas tarefas são cumulativas, e as sugestões para crianças de dois anos também são aplicáveis aqui!

Atividades para crianças de cinco a sete anos

menina regando um arbusto baixo

Crianças de cinco a sete anos já tem um entendimento mais aprimorado de responsabilidade e cuidado. 
É possível orientá-las a regar as plantas e esvaziar o lixo do banheiro, além de ensiná-la a arrumar a própria cama e dobrar algumas roupas. Poderá também ensinar a lavar algumas peças de louça, levar a roupa suja para a lavanderia, arrumar brinquedos e livros, e ajudar a estender roupa.

A partir de oito anos

menina recebendo ajuda de uma adulta para cozinhar algo em uma frigideira

Nessa idade, a criança já tem maior desenvoltura motora para desempenhar tarefas mais complexas.

Tem também um entendimento maior sobre objetos pontudos, quebradiços e afiados. 
Peça para ela arrumar a mesa, carregar e guardar as compras do supermercado. Introduza gradualmente a ajuda dela no preparo de comidas, começando com lanches mais simples. A essa altura a criança já deve ser capaz de tomar banho sozinha.
Poderá também ser responsável por alimentar o animal de estimação, e levar o lixo pra rua.

Encerrando

Convidas as crianças a realizar as atividades de casa pode ser uma experiência excelente, tanto para as crianças quanto para os pais. Pode proporcionar não apenas o desenvolvimento da responsabilidade nas tarefas do dia a dia, mas pode estreitar os laços sociais com os pais e com outras pessoas.

Mas esse processo de adição de tarefas de casa na rotina da criança deve ser feito de maneira gradual e harmoniosa. O tempo da criança deve ser, acima de tudo, respeitado nessa hora, para que as atividades não se tornem cansativas, chatas ou punitivas. De maneira alguma as atividades de casa devem ser relacionadas com castigos!

E se elas estão de férias, aproveite o tempo livre para ocupá-las com essas atividades também, além das dicas que dei aqui.

Seguem algumas sugestões aos pais que desejam tentar essa estratégia:

  • Respeite o tempo e o momento dela;
  • Não mande fazer, convide-a para fazer junto;
  • Não associe tarefas com castigo;
  • Tenha calma e paciência para explicar e repetir se necessário;
  • Não critique o trabalho, elogie e reforce sempre que possível;
  • Crie uma rotina de atividades.

A queixa escolar e a aprendizagem

A idade escolar é um momento de essencial importância para o desenvolvimento cognitivo e social infantil, e uma série de fatores pode influenciar esse momento de vida. Um deles é a queixa escolar.

A queixa escolar

Segundo autores, a queixa escolar é a culpabilização unilateral do aluno e dos familiares pelo mau desempenho escolar, normalmente indicando uma incapacidade ou limitação da criança, eximindo a escola de culpa pelo seu insucesso. Como consequência, pode incorrer na medicalização e na psicologização, em decorrência de uma patologização (muitas vezes indevida) do processo de ensino-aprendizagem. Estabelece-se então a rotulação e a exclusão, e surgem problemas de ajustamento escolar, dificuldades de aprendizagem e problemas comportamentais, em decorrência de conflitos vividos internamente.

Há de se ter muito zelo pela relação pais-escola. E quem é mãe ou pai precisa tratar essa relação de uma maneira muito sensata e lúcida. Então conheça tudo sobre a instituição, e fique sempre de olho no que acontece por lá. Converse com professores e outros pais. Pergunte sobre as condições de trabalho dos professores e funcionários. Pergunte sobre o método de ensino.

Se nunca pesquisou sobre métodos de ensino, sugiro que comece a fazê-lo, pois cada escola tem o seu. Tente escolher a escola não pela proximidade ou pela mensalidade, mas pela metodologia de ensino aplicada.

O método Montessori

Uma ótima sugestão para os anos iniciais é o método Montessori, desenvolvido pela médica e pediatra Maria Montessori, e é centrado na criança e sua curiosidade natural. Ela explora e amplia sua necessidade de aprender, contanto que tenha um ambiente adequado, variado e estimulante.

O método Montessori é apenas uma sugestão, o resto da pesquisa eu deixo ao encargo dos pais e mães!